segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Cadê o respeito?

Quando foi que tudo mudou e virou essa bagunça? 
Será que eu perdi alguma coisa? 

De repente no mundo, o correto é ignorar quando as pessoas fazem as coisas de maneira desrespeitosa. Tudo virou: "Ah, a vida é assim mesmo. As pessoas estão assim agora..." e etc. 
Desculpe! Me nego a entrar nessa inércia e achar que tudo é bacana e lindo quando claramente as pessoas estão com todos os princípios distorcidos. Os homens estão mais sem vergonha do que nunca porque "ah, eles são assim mesmo.", e as mulheres estão cada vez mais despudoradas e aceitando ser tratadas com indiferença, afinal, se eles "são assim mesmo", elas têm que aceitar e se desvirtuarem todas para encaixar nessa realidade bizarra? O que é isso! Não é possível. Assim o gênero vai sendo degradado, e a vida vai ficando cada vez mais fácil para aqueles que não tem respeito e consideração pelo outro. Isso está certo? Como assim?

Ok. Eu confesso que fui criada de uma maneira machista nessa relação homem-mulher, com a mulher em um papel muito mais sensível e vitimizado, e o homem com muitas obrigações. Principalmente a de entender quando a mulher é independente e aventureira. Super antagônico, mas não acho errado. Acho sim que as mulheres em uma tentativa desesperada de serem únicas e independentes estão na verdade se padronizando num papel ridicularizado  onde tudo está "OK".

Há uma diferença muito grande entre ser independente e moderna e o que está acontecendo hoje em dia. Não é independência ou modernidade. É desespero. É aceitar toda e qualquer falta de respeito como algo normal porque a mulher moderna não se importa. Então, a mulher moderna acaba sendo mais submissa do que aquelas dos anos 50 que viviam para cozinhar, passar, cuidar dos filhos e maridos. Porque aquelas ainda tinham em troca o respeito e carinho do homem, nem que fosse por obrigação. As de hoje em dia se submetem a cada situaçãozinha humilhante e dão aquele sorrisão de "Está tudo bem."
Na minha opinião é isso que está errado nas relações humanas. Está tudo invertido.

Sim, as mulheres farão escolhas questionáveis.
Sim, os homens serão idiotas e cafajestes quando tiverem a oportunidade.
Mas é por isso que na vida temos a opção da escolha. Não precisamos amar todo mundo e fazer política da boa vizinhança com quem não nos trata com respeito. E para isso que servem as desculpas. 

Quando tudo voltar ao normal, por favor me avisem. Porque no formato que está, eu não quero brincar mais.  

domingo, 3 de junho de 2012

Investir nos homens bonitos é mais seguro

Estou sempre estimulando minhas amigas mais próximas a sar com homens muito bonitos, pois isso as garantirá uma certa paz. Eu, particularmente, tenho uma queda irresistível pelos homens mais nerds e esquisitos que existem. Em sua maioria são altos, magrelos, narigudos e irritantemente inteligentes. Engenheiros e administrados... em especial os engenheiros. Ah... os engenheiros. Quando não são assim, tendem a ser músicos - não qualquer músico, bateristas - com algo que os deixa com um estilo próprio. Eu adoro os nêrds, acho eles sexy demais. Mesmo assim eu digo para as minhas amigas: invistam nos lindos! 
Não é apenas pelo óbvio apelo visual que eu sempre apoio a busca pelos homens bonitos, mas ainda mais pela minha teoria de que homem bonito trai menos. Meio difícil crer nessa teoria, certo? Mas pra mim, é a verdade. Como é que os homens mais atraentes e mais cobiçados pela mulherada seriam os mais fiéis? 
Por mais incrível que pareça, essa resposta é simples.
Os homens feios nunca tem demanda nenhuma, estão sempre atrás das mulheres e são cortados ou dispensados. Quando eles finalmente conseguem que uma mulher inteligente, educada, de boa família e bonita - como são a maioria das minhas amigas - os dêem atenção, eles se seguram aquilo de qualquer maneira para não deixar escapar. Não necessariamente escolheram aquilo para eles, mas acham que é o máximo que podem conseguir dentro das limitações deles. O problema é que eles continuam a procurar, pois como a demanda sempre tende a crescer quando o homem é comprometido, ele sempre acha que aquela é a última oportunidade de ficar com uma mulher bonita. Sempre acham que vai ser a última vez que alguém vai querê-los.
Já os homens lindos não. Pensem que os homens bonitos podem ter quem eles quiserem, no momento em que quiserem. A demanda deles é non-stop, e sempre varia das mulheres mais lindas até as mais feias. Assim se esse cara lindo e desejado escolheu ficar com você, não é por falta de opção ou por desespero ou qualquer outra coisa que o valha. É porque ele quer ficar com VOCÊ. Se ele pode ter a mulher que quiser e está com você, é porque não tem dúvidas disso. Faz sentido?
O que deixa essa teoria ainda mais certa é saber escolher o homem lindo. Eu que tive alguns namorados, posso dizer que só fui corna de namorado feio. Namorado lindo não me traiu. Toda regra tem sua exceção, e é claro que existem os homens lindos e cafagestes, bem como há aqueles feiosos que não irão te trair.
O segredo está na segurança e auto-confiança do cara. Temos que saber escolher pois há homens lindos que são recentemente lindos, ou seja, algo mudou na vida deles que os tornou sexy, ou desejados. E esses que tem demanda alta recente agem da mesma forma que os feios, então estão deslumbrados e enlouquecidos, com a mesma sensação dos feios, de que algumas oportunidades não irão voltar, então ele pode ser lindo, mas ele mesmo não acredita nisso... ele se vê feio, então vai te cornear mesmo assim. Isso também serve para o contrário. Os feios que sabem que podem escolher, que são confiantes e sabem que podem conquistar uma mulher com algo além da aparência funciona tão bem quanto um cara lindo, pois está acostumado com a alta demanda e com a escolha. E esse número é mais alto do que imaginamos. No final das contas, está sempre na auto-confiança e no que cada cara acredita de si, mas como isso demora para aflorar, é melhor ir com a teoria de que os Lindos são Fiéis. Afinal, é mais fácil gerar demanda no primeiro olhar, certo?
Pelo menos é uma maneira de acreditarmos que há algum cara no mundo que não traia. Não custa nada sonhar, certo?

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

What about you?

                Este final de semana que passou me tirou de um “coma emocional” que estava me consumindo há algumas semanas. Foi muito interessante pois, foi saindo de casa que pude ter algum material para voltar a dar conselhos hipócritas. Isso porque ouvi muita coisa, vi muita coisa, conheci muita gente e reencontrei muitas pessoas importantes pra mim. A pergunta que ficou para mim foi: “E você? Você tem alguém que faz com que tudo valha a pena?”
                Já falei diversas vezes aqui no blog e também nos meus e-mails de final de ano que o que vale nessa vida não é O QUE temos, mas QUEM temos... que faz toda a diferença. Agora, como saber quem são essas pessoas que realmente temos na vida? Como diferenciar para quem somos importantes e quem é importante pra gente? Ou quem simplesmente só consegue levar a sua energia, mas não é uma relação de troca?
Um amigo falou: “É engraçado né, como é o ser humano... precisa ter aquele “click” pra estar com alguém né?”. Me colocou a pensar... Será que esse click existe mesmo? Eu mesma já passei e já testemunhei todos os tipos de relacionamentos... Começarem, terminarem e serem quebrados por mil motivos. E não acho que há uma fórmula para o click. O click ás vezes é apenas a resistência de não querer se sentir rejeitado, ás vezes é algo inexplicável que nos liga a alguém, outras vezes um laço sanguíneo que torna tão claro o porque aquela pessoa existe e faz parte da sua vida.
Esse “click” pode ser tanta coisa, chegar de tantas formas... que fica difícil de explicar. Ás vezes ele só vem quando sentimos que perdemos alguém e de repente “click”, era a única pessoa que você não queria perder. Ou quando você está em um momento de medo de não estar com quem se gosta, e então “click” você sabe exatamente quem são essas pessoas. Ou ás vezes é num primeiro momento, num primeiro olhar e “click”, você sabe que a partir de então, sua vida não será mais a mesma.
Independente de como aconteça e de que forma isso chegue, o importante é ter para si que aquilo te faz mais bem do que mal. É ter a certeza de que os dias serão mais fáceis quando você acordar de manhã e souber que aquela pessoa está feliz, ou realizada, ou bem. É aquela pessoa que te abraça e faz um monte de problemas sumirem e você se sente bem. Aquela pessoa que te vê diferente, como você gostaria de se ver. Que confia em você e conhece, acima de tudo, o seu coração, que é quem te torna uma pessoa boa ou ruim. Não é só sobre química, ou sobre família, ou sobre paixões avassaladoras... é sobre um pegar na mão, que muda o seu dia, o seu ânimo, que muda tudo. É um conselho que te deixa mais confiante. Falo de amizade, de carinho de companheirismo... de alguém com quem não há filtro, que pode-se falar tudo e qualquer coisa e simplesmente ser você mesmo.
Então, peço que pensem... Quem são as pessoas que fazem com que tudo realmente valha a pena? Quem são essas pessoas pra você, que fazem a diferença? E assim que você as identificar... não as deixem escapar. Abrace, beije, aconselhe, beba junto, passe todo o tempo possível ao lado deles, pois não há tempo que volte e no final das contas, é tudo o que vai ser válido no final do seu dia... o tempo que você dedica aqueles que fazem tudo valer a pena. E aquelas que não valem... deixe que a vida leve aos poucos para longe, pois elas não duram mesmo

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Quer quer... quem não quer!

Nossa... o ano não passou. Ele voou feito foguete!!! E mesmo assim ele foi tão bom!!!
Obviamente que, para mim, qualquer ano que venha será melhor que 2010... mas 2011 foi importante de diversas formas, e para entrar em 2012 com essa energia, esse pique e felicidade que eu estou, tem que ser frutos de um ano muito bom!!!


Nesse ano novo, eu comecei a observar as pessoas né? Assim... só pra variar. 
Muito engraçado em como tornou-se um hábito muito forte REAGIR. A tudo. Até quando é falta de reação, é uma forma de ser passivo do mundo. 




Vi muitas pessoas torcendo para o ano acabar... as mesmas pessoas que vivem reclamando que não têm tempo para nada ou que estão ficando velhas. Quem entende? Ou quer que o tempo passe ou que não passe... mas até do tempo as pessoas se fazem vítimas. Ficou extremamente claro esse formato de vitimização. E ele é massivo e acaba tomando um formato de "desculpa" para toda e qualquer atitude. As pessoas esperam a vida acontecer para reagir de forma X ou Y, ao invés de agir antes, para que a vida tome um formato que te agrade... e é assim com tudo. Essa passividade constante... a tudo. Chega a dar coceira de tão irritada que isso me deixa.


Consegui notar que as pessoas que fazem diferença são as mais pró-ativas. E não aquela pró-atividade de currículo e entrevista de emprego. Aquela que se mexe mesmo... independe do que os outros querem, digam ou façam. O pior é ouvir que aquelas poucas pessoas com colhões, que realmente agem, são impulsivas, louquinhas, ou até mesmo ousadas, empreendedoras. São pessoas normais. Mas ativas, e não passivas. Fica tão nítido que essas pessoas nada têm de diferente do mundo ou de especiais. Elas só são inquietas, e querem ver o resultado, trazer a felicidade mais rápido.


Porque as pessoas reagem até a datas? Porque é que as pessoas acham que é necessário esperar o natal ou o ano novo para abraçar quem a gente gosta? Passar a mão no telefone e dizer o que quer dizer? Ficar perto de quem a gente gosta? Começar um regime? Procurar um novo emprego? Tratar melhor da família? E das finanças? Não é preciso!!! Nunca foi. 
É só COMEÇAR. FAZER. AGIR. Não gosta de como está? Muda. Quer algo diferente? Corra atrás. Quer saber no que vai dar? Se declare. Está com saudade? Liga, escreva, mande sinal de fumaça. Não gosta de brigar? Faça as pazes. Não gosta da ressaca? Não beba. Errou? Peça desculpas e comece do zero pra tentar fazer diferente. Quer ver? Apareça. Quer conhecer? Se apresente. 


Com o medo do NÃO, as pessoas sempre esquecem que há a possibilidade do SIM.
E seguem a vida reagindo ás ocasiões, sempre com uma desculpinha esfarrapada. O que é triste. Mas cada um só pode mudar a si, então muito hipocritamente, eu tenho uma resolução de ano novo... REAGIR menos. 


Afinal, quem quer arruma um jeito.
Quem não quer, arruma uma desculpa.


Feliz 2012!!! 

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Sobre os Ciclos

Há muito tempo não escrevo porque fiquei refletindo MUITO sobre esses ciclos de conselhos. Ultimamente tenho me atraído muito a pessoas que conseguem me aconselhar, me enxergando em uma perspectiva externa, ou que precisam imensamente de mim. Uns nem sequer sabem que precisam imensamente de mim. Mas quando tentam se afastar não conseguem, ou se sentem uma perda, logo se agarram e não me deixam sair.

Mas essa semana foi particularmente interessante porque eu vi um ciclo vicioso do qual passei a fazer parte, onde eu critico alguém por agir de uma forma que eu ajo igualzinho. Sem tirar nem pôr. É como no poema Quadrilha de Drummond onde João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém. Mas com outra conotação e OBVIAMENTE que a Lili está totalmente mal alocada no poema, vamos combinar né? A conotação do que eu vi é mais para João critica Teresa por amar Raimundo que ama ser amado e só usa a Teresa. O que o João não vê nessa equação é que Raimundo está para Teresa como Teresa está para João.

Explico-me. (Pra variar)
O que mais me revolta quando vejo corações partidos ou expectativas frustradas é a dificuldade que o pleiteante tem de se olhar no espelho e falar: "Eu mereço muito mais do que essas esmolas." O fato do terceiro não valorizar deveria ser um problema único e exclusivamente dele. Mas não. O pleiteante absorve para si toda aquela rejeição, como se o problema estivesse em si. Entrei em revolta com isso essa semana. Tentando observar porque raios as coisas são assim.

Um dia de alta revolta, sentei-me e delatei algumas histórias da semana. E ouvi de retorno algo muito interessante. Se eu achava tudo isso mesmo, e se eu havia tentado pelo caminho mais correto resolver algumas situações em que me encontrava, me fizeram a seguinte pergunta: "Porque você não resolve você mesma?". E quem disse que eu tinha resposta? No meio dos meus gaguejos, fui interrompida: "Você não tentou fazer o correto? Não falou? Não buscou? Se não teve retorno, porque não decide por si, assume a responsabilidade da escolha e pronto. Ou você tem que sempre colocar os outros em primeiro plano?"

Ok. Eu tinha tomado o tapa na cara de uma vida! Não sabia nem para onde correr. E nem como fazer isso. E tentei. Dias e dias sem sucesso... sempre caindo na nuvem cinza de indecisões para a qual era arrastada. E eu vou tentar.
Mas hoje também notei que há algumas coisas que nascem com a gente que não mudam. Elas ficarão pra sempre. Que aos olhos dos outros serão possíveis fraquezas, ou sequer ou outros notarão... mas não irão mudar. Que é o que faz nossa essência, que nos torna únicos.

Por isso, segue meu conselho.
Tome sim as rédeas da sua vida. Lute, argumente e busque o que quer. E se isso depender de terceiros, e você nada tiver em troca, faça VOCÊ, por VOCÊ mesmo algumas decisões que mudarão o seu dia a dia. Afinal, de que adianta falar a quemm não quer ouvir?
Mas a sua essência... ahhhh... a sua essência. Ela tem que ficar. E ela deve ser consistente, com tudo e todos a sua volta. Aquele que se adapta às situações e pessoas conforme o retorno previsto só tem a essência de investidor, que é racional. E a essência emocional é o que divide as pessoas boas das pessoas ruins. Como diria Madre Theresa: "Be kind anyway."

Estou errada? 

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Tanto em tão pouco

Tantos tópicos para postar nos últimos tempos com mil conselhos hipócritas, uma vez que tenho sido a rainha do fingir que está tudo bem... e a ÚNICA coisa que consigo postar agora é sim um conselho, mas que eu recebi. Na verdade uma opinião, e que, apesar de nítida pra mim, ouvir de outrem ainda é diferente.

E ela me escreveu:

"Eu acho que você se esforça demais pelas pessoas!!! E você sabe disso... E por isso você está incomodada. Não é normal o que você faz pelos outros, mas isso é parte de quem você é.
Se te incomoda, mude.
Se você não consegue mudar, crie uma paz a respeito porque ninguém vai retribuir você da mesma forma.

Você sempre vai fazer mais porque você é assim... E isso é intimidador porque as pessoas pensam que você pode pedir algo em troca, entende?"

Não sei o que me assusta mais. 
Se é o fato de me conhecer tanto em tão pouco - frase que traduz de forma literal a nossa amizade - e eu sentir que há um empurrãozinho nisso tudo. Ou ter que encarar que "não é normal". Ou o fato das pessoas se intimidarem com isso.
Seja o que for, é nisso que consigo pensar com a minha cabeça explodindo nesse dia inteirinho... e tentando enxergar se realmente existe uma PAZ que eu possa encontrar para não precisar, de certa forma, destruir um pedacinho do que eu sou, para que os outros não o destruam depois.
Não há saída mais fácil?

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Social ou Artificial?

É engraçado como me sinto VELHA de vez em quando. Como as coisas hoje são tãããããooo diferentes do que costumavam ser... E algumas continuam as mesmas, mas são consideradas antiquadas.

Hoje, um amigo do trabalho que respeito muito, e, por incrível que pareça, fala mais que eu quando estamos só nós dois, colocou o ponto de vista dele sobre as influências da mídia, das redes sociais e tudo o mais, na vida de alguém. E me fez refletir um monte. E não é um velhote qualquer... é um cara novo, casado há 14 anos, apaixonado pela mulher, publicitário... cool, motoqueiro. Tipo, moderno. :)

Me fez pensar um monte sobre isso durante o dia.
Hoje em dia, as pessoas conseguem se comunicar com mais de 200 pessoas em um dia, e em um nível de profundidade impressionante. Elas se conhecem, se envolvem, se conversam... por mil maneiras. Seja Orkut, Facebook, SMS, BBM, Whatsapp, Viber, MMS, e-mail,  e outros inúmeros que eu nem saberia nomear. E esse conhecimento realmente não é superficial. É profundo.
Você sabe como a pessoa está, onde está morando, as dificuldades que passou, as pessoas que sente falta, os objetivos, com quem fala, quem está pegando, quem não fala mais... e assim vai! Não é superficial. É artificial.

O fato é que, como hoje as pessoas conseguem se comunicar com muitas pessoas ao mesmo tempo, fica difícil focar em uma pessoa só. Eu, que tenho muitos amigos - que não são virtuais,  afinal, eu preciso tocar, mexer... eu sou sinestésica 100% - escuto meninas e meninos diariamente lamentarem no meu ouvido a falta de encontrar alguém especial.

Mas peralááááááááá né??? Vamos voltar uns 3 posts atrás!!!!
Hoje em dia é assim...  piá conhece a guria... se interessa, começa a se dedicar. No primeiro sinal de vulnerabilididade, um deles recua, e já acha um outro ali com quase características sei lá.... mais ou menos semelhantes. Ou seja, não há mais instabilidade, frio na barriga, emoção. Deu trabalho? Rodou. Rua. Próóóóximo.

As pessoas não se permitem mais. Não se permitem sentir. NÃO SE PERMITEM SE APAIXONAR!!!! 
Antes essa vulnerabilidade era algo emocionante... era a espera pelo telefonema, ou a idéia de: "Será que ele(a) gosta de mim como eu gosto dele(a)?". Era a incertaza. O frio na barriga. Era a dedicação e a importância do dia a dia. Era usar uma roupa especial. Ou um perfume especial. Ou um lugar que significasse alguma coisa... que estivesse conectado com a história entre os dois.

Hoje em dia não.
A pessoa teve um problema, não "postou" no face, não dividiu? AZAR! Tem outras 30 alí, needy as hell, esperando para dividir alguma coisa. Contar um caso, te fazer rir e pronto. O encanto recomeça. (SERÁ?)
Antes o encanto tinha tempo. Tempo para evoluir, se transformar em admiração, em tempo juntos, e finalmente, naquele amor puro que as pessoas tantoooo procuram mas não fazem NA-DA para ter perto de si. Ates esse encanto era uma afinidade inexplicável que fazia você querer ficar peryo do outro - independente do sexo. Hoje em dia, primeiro sinalzinho mínimo de desilusão ou falta de compatibilidadade, liga o face e acha aquele fulano ou fulana que te quer desde os tempos de colégio e se escora alí. Mesmo que não tenha nadaaaaa a ver com você.

Tenho amigos que brincam sobre ir num jogo de futebol, entrar na torcida alheia e pedir o Face das "gatinhas" da torcida adversária! rs! Não que eu não ache o máximo! Eu acho meus amigos hilárioooos! (eu sei!!! acabo estimulado... mas eles são TOP!)  E, COMIGO, eles são o máximo... mas e com as mulheres do mundo?
Hoje eu até parti para uma nova reflexão... e se a culpa não for dos homens - que viraram uns perdigueiros sem limites - e nem das mulheres - que tentaram se igualar aos homens? E se a culpa for desse excesso de opções que o mundo virtual vive jogando em todos nós? Esse monte de ilusão de posts cults, palavras fofas, e 1007 "curtir" na sua página? Que não deixa ninguém focar ou desfocar numa pessoa?

Eu - pessoalmente e, vocês sabem, Lilimente falando - discordo de tudo. Lilimente porque, eu, como Lili, sou uma romantica icorrigível. Que acredita naqueles encantos de duas pessoas que tem coisas em comum e o amor simplesmente acontece! E não é a toa que eu penso assim... todas as minhas paixões foram assim... não teve país, trabalho, família ou distância que separasse. Como alguns chamariam: "blá, blá, blá...".

Mas, eu acho SIM que a rede social tem o seu lado fútil e artificial. Mas também tem seu lado aproximador e encorajador (como o e-mail foi desde 1986...). Depende de COMO você usa, para O QUE você usa.

Mas para ESSA romântica icorrigível, a verdade é que os sentimentos estão dentro das pessoas... elas podem começar num chat da internet (como um casal de amigos que eu adoroooo), ou terminar por um post no face, ou simplesmente se abster das redes sociais, como esse meu amigo do trabalho. O sentimento é algo único... que está entre aquele coração figurativo e rosinha que a gente desenha, até cada batimento acelerado quando a gente vê a pessoa!

É psico-químico. É intenso. E é de verdade... É ua vontade de falar. é uma identificação... uma simpatia, o que seja. É inexplicável.
E você pode analisar de todas as formas.... uma vez que passar pelas 5 regras básicas, não tem pra onde correr.

Eu concordo muito com o meu colega que acha que as redes sociais "artificialializam" os contatos... que as pessoas conseguem ser mais "elas" quando estão atrás de uma tela. Eu concordo sim... que as pessoas estão alí focadas, e no primeiro deslize, olham pro lado tem 50 negos levantando a mão com uma placa: "Olha pra mim". Eu realmente concordo que é mais difícil encontrar alguém hoje que não seja um alienado(a).

Mas ainda acho - talvez por ser a romântica icorrigível supra-citada - que quando você está junto... aquele suor nas palmas das mãos, o nervoso, a insegurança, e aquele encanto são o que realmente faz a diferença.
É aquela diferença de falar: Com essa pessoa eu sou EU. E ela é ELA. Que faz a diferença. E é um "ser" que não ofende nem humilha... é um "ser" que faz ambiente ser melhor.

Amor não existe. Se constrói.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Alguém especial ????

É engraçado ler a percepção de um homem sobre amor, relacionamentos e "pessoas especiais".

Acabo de ler uma matéria de um colunista da Época Online falando sobre achar "alguém especial". Ele disserta sobre o que é alguém especial que te faz sentir único, cego e enfeitiçado. Não nego, o texto é bem redigido e faz sentido de um certo ponto de vista. Mas, se este mesmo homem fosse divagar sobre o mesmo assunto sem ele mesmo estar apaixonado, como relata no final da matéria, tenho a impressão de que esse texto seria bem diferente.

Eu, particularmente, tenho uma legião de amigos homens - ou 20 amigos bombeiros como diriam algumas Curitibocas. Não colegas. Amigos. Desde aqueles que contam tudo e mais um pouco do que aprontam por aí na "selva", aos casados, grávidos, frustrados ou realizados no amor. E olha, eu já ouvi muitaaaaasss histórias... Muitos pontos de vista. E posso dizer... cada um só saberia definir o que é "alguém especial" a partir do que sente no momento.

Este colunista diz que achar "alguém especial" é achar alguém que te faz sentir especial. Discordo, com todo o respeito ao jornalista. Discordo. Ele cita exemplos como o de um engomadinho engravatado ter abocanhado o coração de uma amiga dele, que segundo ele é uma "puma selvagem", mesmo ele sendo sem sal nem açúcar, por fazer essa amiga dele se sentir especial. Eu já aposto que a verdade é que, a amiga dele escolheu o engravatado não porque ela se sentia especial com ele, mas sim porque, engravatado ou não, ele sabe o valor DELE! E provavelmente, ela, que deveria se considerar a tal puma, teve que encarar alguém que também sabe o quanto vale.
Explico.
"Alguém especial" demora para sabermos se qualquer pessoa é ou nãoo. Isso porque, ser especial é ter bons princípios e pensar com o coração. O que é diferente do que ele descreve. Ele descreve o processo de se apaixonar.
A gente se apaixona pelos mais diversos motivos, e ele relata muito bem sobre como ficamos embasbacados de encanto pela outra pessoa. Mas alguém que nos faz sentir especial nem sempre é a escolhida. A escolhida geralmente, dentre outras diversas variantes (descritas há 2 posts atrás) é aquela que se conhece, se sente segura pra estar ali e dizer: "Isso é o que eu sou.", com a certeza do quanto vale. E claro, com a certeza de que valemos muito também. Pois alguém que se valoriza só se contenta com alguém tão especial quanto. E é aí que nos sentimos especiais. Quando há esse sincronismo perfeito entre ser especial e escolher o especial. Aí que nasce o interesse, a curiosidade no outro. Em conhecer, em desvendar. É algo bilateral, mútuo.

Depois desse primeiro abate - que, não se iludam,  não é à primeira vista mas sim acontece com o tempo - o restante é pura consequência. A empatia, os risos, a paixão cega, como se o mundo parasse ao redor dos dois. O toque, a vontade de estar perto todo o tempo e aquela sensação de vazio quando estão longe... Tudo vem com o convívio e com a descoberta.
E com "alguém especial" não há jogos de poder. Não há brigas exaustivas, ciúme exagerado, insegurança, pouco caso ou aquele distanciamento cheio de silêncio e ressentimento. Não há ganhar ou perder. Com alguém especial compartilhamos o dia a dia, respeitando os espaços.  De coisas bobas a grandiosas. E queremos aquela pessoa em tudo, envolvida, fazendo parte, testemunhando. Não há desequilíbrios. É uma conexão sem explicação.

Encontra "alguém especial", aquele que consegue se ver por completo e não procura no outro uma forma de se "sentir especial". Mas sim, uma sinergia, um complemento ao que ele já é.
Acha no outro uma compatibilidade para serem especiais JUNTOS.


Faz sentido?

Ser ou não ser...

Ás vezes dá vontade de entrar aqui e postar tudooooo o que eu penso. Infelizmente, não dá. Senão ia arranjar muitos problemas pra cabeça... Mas essa semana, de fato, eu só dei conselhos hipócritas. Mas assim, TANTOS!

O que acontece é que a maioria dos conselhos que dei essa semana estavam relacionados aos conselhos que minha mãe me dava (ou críticas, ou broncas...), que eu nunca segui. Várias coisas que minha mãe falava que eu devia mudar - a sua maioria, igualzinho a como ela mesma era - começaram a aparecer na frente, quase como um teste para ver como eu reagia.
E não só comigo. Acontecendo geraaaalll a minha volta.

O engraçado é que nas últimas duas semanas eu tenho questionado todo o jeito que me leva a tomar decisões estúpidas. O fato de falar demais, ser extrovertida demais, ser emotiva demais, ser impulsiva e muito passional... na verdade, tenho DE-TES-TA-DO o meu jeito ultimamente. Revendo tudo que acho desde o começo. Desde cada detalhezinho besta até atitudes mais decisivas. Fui muito testada... e quer saber? Eu não sucedi em nenhum dos testes... em todos eles eu fui "EU".

Fiquei pensando... será que somos capazes de mudar? Se não somos... como nos tornamos pessoas melhores, evoluímos? Só quando algo horrível acontece? Um choque... um trauma?
Muito triste se for assim... eu estou só perdendo meu tempo tentando falar menos? Ser menos workaholic? Menos impulsiva ou "intensa"? Como é que fica... se as pessoas são incapazes de mudar.
Eu me senti assim... incapaz. Não consegui fazer diferente NADA do que já fiz errado antes. Principalmente o que, não só eu mas, todo mundo tem me dito para fazer: PARAR DE COLOCAR OS OUTROS EM 1º LUGAR! Além disso, me estressei com o trabalho, preteri pessoas importantes, senti o que não deveria, dei conselhos hipócritas, não fiz exercício, bebi demais, chorei por coisas bobas... E dei os conselhos mais hipócritas: "Se ame mais", "Não se estresse", "Se imponha no trabalho", "Você tem que estar em primeiro lugar pra você mesmo"... isso é uma parte da lista! Rs!

Mas de alguma forma, aconteceu.
Não mudei... pelo menos não senti que mudei. Mas algo muito bacana aconteceu... como se algo me iluminasse de alguma forma. Dessa forma que toquei as últimas semanas coisas maravilhosas aconteceram para essas pessoas a minha volta... e EU AJUDEI!!!
Com o meu jeito todo errado, tagarela, impulsiva e sem controle... mas foi sem mudar nadinha que eu vi algo muito legal acontecer... muitas coisas funcionaram para as pessoas a minha volta... e aí eu fiquei TÃO FELIZ!!! Muito FELIZ!!

Não estou dizendo que é o certo e que não devo mudar as coisas que eu acho erradas em mim... mas acho que, para mudarmos qualquer coisa precisamos olhar para dentro e tentar enxergar os efeitos que cada coisa que não gostamos em nós pode causar.
SIM! Acho que podemos mudar e evoluir... mas não nos tornando outras pessoas... mas adaptando as nossas caraterísticas ao que acreditamos ser bom, e as moldarmos de forma a se tornarem positivas e não negativas.

A verdade é que sempre vai ter alguém que não goste do seu jeito. Ou de como fala, ou como se veste. As escolhas que faz. Mas terá quem goste... e adaptar essas características para serem boas. E no momento em que conseguir fazer isso, aíííí sim é mais fácil aceitar todos esses defeitos.

Eles existem sim... e temos que tentar sempre ser melhores.
Mas não são eles que nos definem... somos nós que definimos como usá-los. :)

domingo, 7 de agosto de 2011

Um pouquinho por dia

Esses novos 'momentos' em Sampa têm me gerado alguns bons insights... não meus, mas de amigos. Depois de escutar fico um tempão pensando sobre o insight. Um dos mais intrigantes foi essa sexta, quando ouvi algo como: "Ah, mas se tiver que acontecer, acontece". Estávamos falando de relacionamento.  

Lembrei de uma teoria antiga minha de quando fui fortemente criticada por acreditar em astrologia. O fato de eu gostar de horóscopo não quer dizer que sou uma débil que acha que o que está escrito na previsão é o que vai acontecer comigo. Tudo na vida é questão de todas as variantes: berço, criação, influências, medos, escolhas e destino (seja ele astrológico ou religioso ou metafórico). O mesmo se aplica para o relacionamento.

Nos últimos anos só tenho aprendido uma valiosíssima lição: a única coisa que a gente tem é o agora, o hoje. O que passou, já foi. E amanhã é sempre página em branco. Que pode nem estar lá amanhã... Então o objetivo é simples: todo dia quero ser um pouquinho feliz. Seja com o que for. E não "alegre", como rir de piadas no almoço. Ser FELIZ. Uma porção mínima todos os dias.

Tem MUITA coisa em assuntos do coração que são nossas escolhas. Pura e simples verdade... E aquele "amor" que você acha que surgiu é um primeiro encanto, e a gente esquece das variantes importantes para que esse encanto vire amor mesmo e perdure. ... Não é só como ele se inicia, pois pode se iniciar de qualquer jeito, em qualquer lugar. Pode ser seu amor de colégio, ou de faculdade. Ou um antigo amigo, um amigo atual, uma pessoa inusitada, um set up. Pode ser na manicure, no avião, no trabaho, em um almoço, onde for. Pode ser fácil, ou sofrido, demorado, ou ter que terminar um para começar outro. Independente de como acontecer, são as ESCOLHAS que podemos fazer para que ele seja AMOR, que farão a diferença. O destino mesmo só vai fazer vocês se encontrarem.

Até para assumir um fim, não dá para dizer que foi só o destino. É preciso escolher ser feliz todo dia... e ás vezes para isso é preciso aceitar os fins de ciclo. Nada é para sempre... até a gente morre. E algumas coisas, simplesmente morrem também. E quando você já fez tudoooo que podia, aí está OK em falar que o Destino que escolheu.
Essas regras - para mim - são simples para evitar de dizer no fim: "O que tiver que acontecer, vai acontecer...". Cada um pode ter as suas, mas as minhas são bem boas.

1. Ter a maioria dos objetivos essenciais de vida em comum
Não adianta! Não tem como ter um "Viveram felizes para sempre" se cada um está olhando para um lado. Um quer casar, o outro tem medo de compromisso. Um não quer filhos, o outro quer uma pancada de filhos. Um gosta de morar na cidade, o outro no campo. Não adiantaaaaaaaaaaaa... pode lapidar o quanto quiser... Não tem compatibilidade de destinos. 

2. Ter princípios similares
A criação pode ser diferente, nível social e etc... mas os princípios têm de ser similares. Coisas bobas... como coleta seletiva, como devolver troco que veio a mais, a forma como vê a importância da família na vida, e dos amigos no contexto, como enxergam a liberdade. Tudo isso. Alguns precisam coincidir... senão você está pedindo para viver uma guerra diária.

3. Gostar das mesmas coisas
Quem quer que tenha inventado a frase "Os opostos se atraem" é um imbecil!!!! As pessoas procuram uma companhia para dividir a vida... Como é que você vai dividir a vida com alguém quando você gosta de churras e filme com os amigos, e o outro gosta de fritar os neurônios numa rave por 16 horas? Você é careta, e o outro fuma um todo dia. Parece besta, e administrável, mas muitas vezes não é. As pessoas cedem para aquele encanto do início, quando está tudo lindo... depois vira um incômodo e irritação constante. A idéia não é deixar de viver sua vida... é viver sua vida com alguém te acompanhando...

4. Química
Em química, não é só o sexo. O sexo é o principal. Há relações que são horríveis, brigas e falta de respeito, mas o sexo faz com que ela se arrasteeee por um bom tempo. Uma relação excelente sem química sexual é amizade, não é amor. Ponto.
Para química também vale para duas outras vertentes: química com sua família e com seus amigos. Uma dupla que não gosta do que você tinha antes dela aparecer, não rola. Mesmo os amigos que aparecem depois... a química é importantíssima.

6. Destino
Aí sim. Então para fechar o ciclo... digamos que tudo que você tinha para fazer foi feito, todas as chances foram esgotadas... Aí sim, pode-se dizer... que o destino não quis.

Me senti escrevendo um tutorial pra Capricho agora... ahhahaha!

Acho mesmo que para ser feliz do coração é algo que acontece, mas que todas as variantes sejam esgotadas. Ás vezes é destino, talvez. Mas ás vezes é uma simples questão de escolha...
Seja o que for... o importante é ser um pouquinho feliz... todos os dias.